segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AMOR A PRIMEIRA VISTA

Parecia só mais um dia, nunca pensei que naquele  dia me apaixonaria, o maior romance da minha vida aconteceria.
Do alto que me encontrava parada, respiração ofegante da caminhada rápida que percorria.
Naquele mágico momento tudo mudou, o cansaço desapareceu, a respiração ofegante agora eram suspiros de alegria.
Apaixonei-me. Tive um romance com a vida.
O que vi e senti era uma sensação de felicidade jamais sentida.
Uma brisa gelada, misturada ao calor do sol da manhã me envolveu,o vento não sobrava,acariciava, o sol não queimava,aquecia o vento falava suave em meus ouvidos canções de vida.
Parada no alto Assistia as nuvens claras, macias feito algodão, envolvendo os topos das grandes montanhas.
As folhas num bale sincronizado seguiam o ritmo do vento.
E o cheiro! Ha! Esse eu não explicaria, mais foi o aroma mais doce que eu já sentira.
Os pássaros plainavam no céu, que vezes era de um azul anil brilhante outras de um branco cintilante
Que amor tão grande pela vida naquele momento eu sentia.
Os passantes pareciam não entender a felicidade que eu refletia. Será! Que como eu Não sentiam a paz que a natureza transmitia?
A paixão era só minha, e eu decidira me entregar sem reservas aquele romance.
E eu amei. Amei aquele lindo dia.




O SOFÁ

Certa vez eu e minha filha estávamos debruçadas diante no portal,filosofando ,por assim dizer. Falávamos de poesia, animadas expondo nosso modo de pensar, e de como vemos a vida. Minha amada filha sempre foi minha amiga e confidente, acho que temos a mesma linha de pensamentos. Não é diferente com os outros filhos, mas acho que por sermos mulheres adultas nos entendemos melhor. Meu filho é maravilhoso, amigo, alegre e muito manhoso, já com seus vinte e poucos anos sempre que esta em casa vive atrás de mim em busca de um chamego, deita ao meu lado na cama em meus braços para ganhar cafuné. Falei dos dois não posso deixar de falar da minha temporãozinha a tive depois de quinze anos da ultima gravidez. Essa é a minha fofinha, companheirinha, também um presente maravilhoso de Deus.
Ta bem, mas vamos de volta ao assunto. Viram como mãe é “bicho-bobo”, foi só falar em meus tesouros que já desviei o assunto.
De volta ao começo. Eu e minha filha falávamos na grandeza de ver a vida com olhos de poeta, convictas das palavras olhamos em volta e citávamos objetos que poderiam ser visto como inspiradores de poesia,lembro que entre outros citei “o sofá “, olhamos uma pra outra fizemos um ar de riso e prosseguimos a conversa.
Passado o tempo, e ela já estando casada e distante, tanto quanto meu filho.
Estava eu meio que melancólica, sentindo falta deles, quando passei pela sala e ao olhar o sofá vazio, lembrei-me daquele dia.e o sofá me inspirou. Sentei-me no outro ao lado. E escrevi:

O sofá
O sofá na grande sala vazia, desgastado e amarelado pelo tempo. Reclama a solidão.
Já foi berço coberto por cueiros macios, acalentou o choro do recém nascido. Foi lenço ou guardanapo de lagrimas e choramingas também de chocolate que escorriam dos dedos pequenos.
O sofá esta tristonho, com as costas cansadas e o pano esfiapado, dos velhos dias que serviu de cavalo puro-sangue, correu por muitos campos com o menino em seu lombo encenando ser caubói ou um negro rumo ao quilombo.
O sofá perdeu a cor, mostra-se desgastado pelo tempo.na sala em que permanece não há mais som alto,gritos,rebeldia de adolescentes redescobrindo seus dias.
Por dentro o sofá ta machucado serviu de consolo nas noites em que aconchegante queria falar ao jovem que chorava que outro e verdadeiro amor viriam.
O sofá foi testemunha quando o grande amor chegou, ouviu calado as juras de amor eterno.
Foi cabide do vestido branco e do terno de linho bem passado e frisado.
Agora se sente só passa dias sem servir de acento a ninguém.
Espera ansioso e cansado a porta se abrir para segurar e embalar nova geração de choros manhosos e mãos sujas, de dedos pequenos, tocando novamente o pano rasgado do sofá amarelado.

  
  

PORTAL DO MUNDO

Do portal pouco se vê e isso me instiga a ver além, um pedaço de céu de onde provem a sabedoria, o amor e a serenidade.
Árvores de um verde musgo. Com caules enrugados pelo passar do tempo. No chão o gramado verde num tom mais claro, de onde apontam as raízes das sabias arvores; as raízes firmando-se ao chão parecendo pés de um grande e magro ancião, que persiste em ficar de pé, agarram-se de todas as formas ao solo, o peso do tempo as estão cansando.
Faz-me pensar na criação, no tempo, na existência, minha e do homem.
No pedaço do céu nas a
Árvores e no gramado, pássaros voam.se alimentam,acasalam-se e fazem seus ninhos. Vida livre, alegre, festa todos os dias é o que vejo da minha janela, que abre um portal apaixonante, que me envolve de pensamentos puros ,como pura é a liberdade dos que voam.
Há eu não sei se é vôo das borboletas. O calor do sol, ou o vento fresco que vem do alto,dos lados ou do sopro das velhas árvores, mas isso abre minha mente, me sinto abraçada nestes instantes. Permaneço leve e em paz.
Todos os problemas  alem do meu portal ficam pequeninos ou deixam de existir.
Essa paz faz-me sorrir de felicidade.
Tão pequeno diante do mundo é o meu portal, mas quando nele vejo toda a extensão da vida e da criação.

CINCO SENTIDOS

Deus! Desculpa-me. Se esta for à palavra, mas saiba que eu na minha vã ignorância não sei como agradecer.
Posso dominar este corpo perfeito que me destes como presente, para abrigo de minha alma.
Posso-me sentir maravilhada com o cheiro do mar, das fores, o perfume do amanhecer que acalma e purifica a alma e todos esses doces aromas que de ti provem.
Antes de mim estivestes aqui a preparar este mundo cheio de encantos e maravilhas. E isto me deixa plenamente feliz. Mas mesmo assim não sei como agradecer.
Ouso emocionado o canto dos pássaros ao anoitecer, o extraordinário som das ondas do mar quebrando na praia. Ainda assim faltam-me palavras para agradecer.
Que faço eu? Jogo um beijo pro alto em direção ao céu? Junto às mãos no peito, baixo levemente a cabeça e pronuncio baixinho “obrigada”. Sou agradecida sinto lagrimas brotarem de meus olhos de tanta emoção que me da certas visões, céu astros que nele habita, flores, florestas, rios e mares; beleza de um mundo perfeito e colorido. Mas como agradecer!Se toda imagem que possa trazer a palavra. Esta também é tua criação e mais um motivo de agradecimento.
Diz ai então! Como faço para agradecer?
Encanta-me a caricia do soprar do vento em meu rosto o balançar de meus cabelos, sinto o calor da areia molhada em meus pés descalços, a pele suave do bebe no toque de minhas mãos. Transbordo de felicidade. E como agradecer?
És tão perfeito em tua criação que nada alem pode ser criado, fazemos algumas transformações e sentimo-nos honrados.
Meu bom Deus. Já provei vários sabores. Das frutas do sal, até mesmo da terra que senti em meus lábios nas aventuras de criança.
Diante de tantas delicias que meu sentido possa ter. Que faço eu? Uma simples mortal, que por pura gratidão, busca uma forma de que chegue até ti o meu:
                     ‘“muito obrigado”

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eu

Um eu angustiado em meio ao caos, busca uma saida, uma resposta para seus comflitos existenciais.
Resgatar seu bom humor, sua alegria, seu acreditar inocente: Tudo lhe parece tão distante do real vivido, sentido. Alegria eminente! Sorrisos soltos livremente! Olhar expressivo, radiante e feliz.
Esse eu esclarecido de verdades humanas; busca o inímico,acredita que esse sim é o lugar ideal de viver.Este eu desorientado busca a luz da sabedoria para retornar a alegria.
Conviver com os sentidos buscando a intríseca da sabedoria, tornou-se assim inumano, desacreditado da sua propria prole.
Tudo surge e se dissipa com uma rapidez fugaz; o que resta então são apenas reflexos do bem e do mal.
Nesta confusão este eu desordenado busca nos sentidos a plenitude da alma.Busca no homem a erudição e o saber da índole; busca estes méritos também em suas entranhas, para enteder a pequenes do homem, viver com humildade para poder então apreciar os reflexos de sua natureza humana.