sábado, 5 de fevereiro de 2011

QUEM NO MUNDO VIVE?

Era no verão lembro-me muito bem. Acordei no meio da noite com uma crise de asma, evitei sair da cama, fiquei bem quietinha na esperança que melhorasse como isso não aconteceu. Levantei-me tomei a medicação já prescrita pelo medico anteriormente.
Como sofro de bronquite alérgica desde criança acostumei-me a conviver com ela, só tinha que esperar um pouco para que a medicação fizesse efeito e estaria boa outra vez. Já respirava um pouco melhor, pensei então em voltar para cama. Olhei no relógio. Já eram cinco horas da manhã. O dia já estava por clarear, o sono já havia se dissipado depois de tanto esforço para respirar. Resolvi então abri a janela do cômodo onde eu me encontrava e aproveitar para ver o amanhecer, fazia muito tempo que não via o nascer do dia, fazia muito isto quando eu era pequena. A vida no interior começava sempre muito cedo.
Abri então a porta e sentei-me na escada fiquei observando então a festa que havia La fora, pássaros alegres pareciam saldar o novo dia. De longe vinha o som de um galo que cantava a todo fôlego, galinhas cacarejavam num grande coro. Um cenário maravilhoso. Que as custa de uma crise fui levada a observar. Esqueci os motivos que me levaram á estar ali naquele momento. Levantei-me peguei papel e canta e rabisquei:

QUEM NO MUNDO VIVE?
A noite se findava e gentilmente o dia tomava seu lugar.
A lua se despedia e o sol ainda suave nos seus primeiros raios, clareava aquele lindo amanhecer.
A natureza aos poucos perdia o prateado da lua para ganhar as cores dourada do sol.
E a humanidade procurava um milagre! Pois não viram. Estavam na sua maioria deitados em lençóis macios de algodão, em seus quartos preservados dos perigos e também da beleza que lá fora existia. Os pássaros deixaram seus ninhos úmidos do orvalho da noite. E contemplaram. Em coro cantaram, agradecendo ao criador por mais um dia fazerem parte da beleza que de Deus provinha.
E o homem dormia!
Pássaros em bando comiam frutos apodrecidos debaixo de uma grande arvore, bebiam água de poças de chuva no chão.
O homem acordou! Não comeu o pão dormido, e a preguiça o impediu de ir à padaria.
E os pássaros lá fora agradeciam!
Voaram alegres, sentiram a brisa durante todo o dia.
E os homens em salas confortáveis de problemas se enchiam.
E assim foi mais um dia. A felicidade lá fora e dentro de si o homem numa eterna busca pela alegria.



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